sábado, 2 de julho de 2011

Ser vítima de violência doméstica

Espero que tenha sido a última vez.

Quero escrever sobre o assunto mas nem consigo. Foi a 3ª vez em 7 anos de relacionamento. Mas a diferença é que hoje foi apresentada uma queixa. E não vou voltar atrás. Marcas não tenho, mas as dores são bastantes.

Depois de me agredir e eu dizer que ia apresentar queixa ainda teve o descaramento de me dizer que se ia cortar num braço para dizer que tinha sido legítima defesa. Partiu o telefone de casa, levou-me o telemóvel e os filhos. Sabe Deus por onde anda a fazer o quê. A polícia tem que reportar a agressão à CNPCJR, quando o agente me disse isso ainda pensei 2 vezes. E se me tiram os meus filhos? Eu sei que não têm motivos para tal, mas sei lá. Anotaram a escola onde a mais velha anda, não sei se vão falar com a professora. A minha filha vai sempre lavadinha, tem o material todo e bastante atenção em casa. Se bem que desde que tenho o novo trabalho, chego a casa mais tarde. Ela diz que quer viver com o pai. E se tomarem isso em conta? Não aguento ficar sem nenhum dos meus filhos. Mas o que doeu mais, não foram os pontapés, nem os puxões de cabelo e nem mesmo as vezes que me deitou ao chão, foi ouvir a minha filha, de apenas 6 anos, a rir. E não, não era de nervos. Eu a tentar sair de casa e ela a chamar o pai e a fazer-lhe sinal, a minha própria filha a tirar-me a chave de casa da mão para que eu não a levasse. Parece-me que estou a criar um monstro.

E queria tanto ligar a uma amiga para me darem um bocadinho de colo e não sei de cor o número de ninguém. Com isto tudo Deus quer me dar uma lição. Quando pensamos que a nossa vida não pode piorar, estamos enganados. E quando pensamos que não aguentamos mais, estamos também enganados. Temos sempre que ir buscar forças, nem sei bem onde.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Novo trabalho

Fez hoje uma semana que comecei no trabalho novo. Ainda não sei o meu horário e também ainda não sei se gosto ou não de ter 3 horas de almoço.

Saudades do antigo trabalho? Ainda nenhumas.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Desfralde

O último desfralde já teve início, e para a mãe não se esquecer tão depressa está a ser o mais complicado de todos. O chão leva uma grande vantagem sobre o bacio.

Neste momento os meus melhores amigos são o detergente de lavar à mão e a esfregona.

A educadora diz que não está assim tão mal, tem lá meninos mais velhos e que ainda se safam pior.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Estar em casa de baixa...

... é sinónimo de:

os filhos mais novos não irem para o infantário e a mais velha não ir para o ATL. Assim, de manhã estão todos em casa e de tarde apenas tenho 2;
tentar arrumar alguma coisa e ter sempre alguém a exigir a minha atenção;
aspirar a sala e cozinha numa média de 4 vezes por dia;
estar constantemente a mandar sair da frente da televisão e sentarem-se no sofá;
apanhar o cesto de baixo da máquina da loiça fora da mesma;
ter a roupa suja no chão porque alguém se quis enfiar dentro do cesto...

Resumindo, é sinónimo de muita alegria, pouco descanso e nenhuma monotonia.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Máquina de costura

Recebi uma máquina de costura pelo Natal e ainda não me atrevi a fazer nada com ela. Já tenho alguns tecidos cortados e a postos, o que falta é mesmo a coragem.
Sinto que estou quase a vencer o meu medo de falhar. Tenho a ideia de não ser capaz de fazer nada de jeito, e isso bloqueia-me.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Desculpas

Segundo a minha filha mais velha:

- As desculpas não se pedem, inventam-se.

Tão novinha e tão sábia.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Mal entendidos de Nuno Lobo Antunes

Transcrevo a passagem que me tocou de forma bastante pessoal, para me ir lembrando de vez em quando:

"A retirada de privilégios de uma forma proporcionada e razoável é preferível a um castigo. Entendo mal que se castigue uma criança impedindo-a de fazer desporto ou actividade física. Algo que se prende com a saúde geral da criança não deverá ser retirado.
Muitas vezes a nossa reacção a um comportamento da criança depende menos deste do que do nosso estado emocional, cansaço, dificuldades no trabalho ou outras preocupações que nada têm a ver com a criança. Por isso é preferível tentar evitar as situações geradoras de conflito."

Depois de ler este livro Mal-entendidos de Nuno Lobo Antunes, sinto-me mais à vontade para dizer que o meu patrão sofre da Doença Bipolar. É que está mais do que visto. Há muito que eu já desconfiava, mas agora tenho quase a certeza : D

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Tudo nesta casa é uma aventura

Até fazer uma quiche.

Quiche 2 ovos - chão da cozinha 2 ovos

Um partido pelo bebé e outro pela mais velha. Vale-me a boneca do meio que de vez em quando é um anjinho e ainda não se lembrou de vir à cozinha.

Fica-me caro o jantar.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Não consigo

Quando a minha filha mais velha diz estas 2 palavrinhas, digo-lhe que conseguimos tudo, basta querermos. Depois incentivo-a e ela consegue sempre.

Mas comigo não se processa assim. Estou numa fase em que não consigo mais. É mesmo sentido. É no trabalho, é em casa, não consigo mais. E todos os dias tento contrariar este sentimento, mas os braços de dia para dia levantam menos e sinto-me a chegar a uma fase em que tenho mesmo que desistir. Não posso desistir porque tenho 3 filhos que merecem tudo, mas não aguento mais.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A nossa árvore de Natal

A nossa árvore de Natal é feita a muitas mãos. E agora é que reparei que esta foto foi antes de terem colocado a estrela no topo. Oh cabecinha mais despassarada.


Estas fotos foram tiradas no dia em que a montámos. Se tirar fotos hoje está algo diferente porque os meus índios adoram brincar com os enfeites. Em Fevereiro ainda devo de descobrir bolas escondidas pela casa.

De resto pouco ou nada enfeito a casa. Tenho uma guirlanda do lado de fora na porta da rua e pouco mais. Quando estou a abrir a porta com o índio bebé ao colo  e me distraio, ele dá com cada puxão nas barbas do Pai Natal que vou apanhar a guirlanda ao chão.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Não sou nada dada a consumismos

Se todas as mulheres fossem como eu, a indústria têxtil e a do calçado ainda estavam piores do que estão.

Mentalizo-me para gastar x comigo, se vir alguma coisa que gosto e que custe mais que x não sou capaz de comprar. É uma coisa minha que à algum tempo tento combater, mas não tenho tido sucesso. Já com os filhos e com o marido o limite é mesmo o imposto pelo orçamento mensal.

Ainda ontem a minha mãe dizia: - Olhas, olhas e não compras nada.
Fui com a minha mãe comprar umas roupinhas para as meninas. Não que elas precisem, mas porque me apeteceu dar-lhes um miminho. Vi algumas coisas para mim, mas como não ia mentalizada para comprar, não comprei.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

À beira de um ataque de nervos

Com a vida toda embrulhada.

É no trabalho, é em casa!!!

Já chega, eu sou só uma e já não aguento mais.

Será que a velha máxima é verdade, "Cada um tem o que merece."?

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Politiquices

Gostava tanto de pegar no assunto "orçamento de estado" e fazer um post cheio de piada.

Mas como a piada não é o meu forte só posso dizer que há certas palavras, relacionadas com o tema acima, que, quando ouvidas, provocam no meu corpo reacções que até à pouco tempo desconhecia.
Felizmente não acresce a consciência pesada.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Anda uma mãe a criar uma filha para isto

Enquanto está na mesa da cozinha a fazer os trabalhos de casa, eu digo-lhe 100 vezes para se concentrar no que estava a fazer, diz ela:
- Quem é que tu pensas que és? A Rainha?
Depois de lhe ter dito mais 100 vezes para tomar atenção ao que faz:
- Se tu morresses era mais fácil. O pai fazia-me os trabalhos todos.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Projectos

Tanta coisa linda que se vê por essa internet. Já há umas coisinhas que ando com vontade de fazer, mas ainda nem sei quando vou começar.
Com as crianças acordadas nem pensar em tentar fazer alguma coisa. Depois de elas adormecerem e de dar um jeito à casa, só vejo mesmo é a minha cama tão quentinha a chamar por miiiiim.
Projectos:
forrar uma prateleira para pendurar no hall de entrada;
fazer uma capa em tecido para o livro que trago sempre na mala e
comprar papel contact para dar um jeitinho numa parede da sala.

À espera que a motivação fale mais alto que a preguiça.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Início

Este blog foi criado por nada de especial.

Estou numa fase em que sigo muitos blogues de decoração, de artes. Muitas vezes quero comentar as coisas lindas que vejo e uma grande maioria dos blogues não permite comentários anónimos. Daí que pensei em criar um blogue para poder seguir os blogues que gosto e poder comentar à vontade.

Desde blog não se pode esperar muito. Como o próprio nome indica o jeito para artes é zer0. De vez em quando até me vou aventurando com algumas coisas, mas nada que resulte e que seja digno de ser mostrado.

Logo vejo se irá ter posts com alguma regularidade ou não irá ter de todo.